CERRADÃO E FLORESTAS ESTACIONAIS NO CERRADO GOIANO: PADRÕES FLORÍSTICOS E SIMILARIDADE DE ESPÉCIES

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Resumo

O Cerrado, formado por um mosaico de fitofisionomias, é a savana mais biodiversa do planeta. Contudo, encontra-se em elevado grau de degradação e, considerando os desafios em se restaurar suas áreas, investigar as semelhanças e diferenças florísticas entre as suas fitofisionomias, torna-se crucial. O objetivo da nossa pesquisa foi investigar as similaridades e diferenças entre o Cerradão e as Florestas Estacionais no Cerrado goiano, por meio de uma revisão sistemática. A partir do uso do Google Acadêmico e da Biblioteca Brasileira de Teses e Dissertações, selecionamos 48 estudos, posteriormente procedemos a uma análise multivariada de escalonamento multidimensional não métrico (NMDS), com o índice de Jaccard. Identificamos três grupos florísticos: Floresta Estacional Semidecidual (FES), Cerradão (CER) e Floresta Estacional Decidual (FED). A FES e o CER exibiram similaridade florística. Encontramos 682 espécies e 86 famílias, destaque para FES (409 spp e 72 famílias). FES e FED compartilharam o maior número de espécies (78 spp), enquanto o CER e FED o menor (16 spp). A FED apresentou maior número de espécies exclusivas (99 spp), sendo a sua composição florística marcada por equilíbrio entre espécies generalistas e florestais. Em termos de frequência/registros e distribuição, destaque para Astronium urundeuva e Astronium fraxinofolium. As fisionomias florestais do território goiano diferem em número de espécies, com maior riqueza para as FES. As FES e CER goianos compartilham similaridades florísticas.

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Biografia do Autor

Micael Silva de Freitas, Universidade Federal de Jataí

Graduado em Engenharia Florestal pela Universidade Federal de Jataí (2023). Mestrando no Programa de Pós-graduação em Agronomia na Universidade Federal de Jataí. Atualmente desenvolve pesquisa na área de ecologia, em restauração ecológica, com foco no Cerrado.

Frederico Augusto Guimarães Guilherme, Universidade Federal de Jataí - UFJ

Graduado em Ciências Biológicas pela Universidade Federal de Uberlândia (1994), mestrado em Engenharia Florestal pela Universidade Federal de Lavras (1999) e doutorado em Ciências Biológicas (Biologia Vegetal) na Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (2003). Atualmente é professor Titular pela Universidade Federal Jataí, e ministra disciplinas nas áreas de Botânica e Ecologia Vegetal, tanto na Graduação quanto na Pós Graduação. Orienta e co-orienta discentes em monografias e Iniciação Científica, além dos Programas de Pós-Graduação em Geografia (UFJ) e Ecologia e Conservação (UNEMAT). Tem experiência na área de Ecologia Vegetal e Recursos Florestais, com pesquisa focada nas linhas de florística, fitossociologia, monitoramento de vegetação e restauração ecológica. Atua principalmente nos biomas Cerrado e Mata Atlântica.

Diego Sotto Podadera, Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho

Engenheiro Agronômo formado pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho - UNESP - Registro (2009), Mestre em Ciência Florestal pela Unesp Botucatu (2013) e Doutor em Ecologia pela Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP (2020) com período de doutorado sanduíche na Vrije Universiteit Amsterdam (NL). Professor assistente na Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP). Trabalhou com ecologia florestal - fitossociologia (IC), restauração florestal - manejo adaptativo de florestas em processo de restauração (Mestrado), ecologia florestal - interação entre plantas (Doutorado) e restauração florestal e estudo dos efeitos de fatores ambientais múltiplos na fenologia de árvores e suas relações com herbívoros causadores de prejuízos econômicos (Pós-doc). Tem experiência na área de Ecologia, atuando principalmente nos seguintes temas: ecologia de comunidades, restauração florestal, manejo adaptativo, sistemas agroflorestais, ecofisiologia (resistência do xilema ao embolismo) e anatomia ecológica. Ministrou as disciplinas de Ecologia Florestal, Restauração Florestal, Dendrologia e Sistemas Agroflorestais para o curso de Engenharia Florestal da UNESP-Botucatu e Introdução à análise de dados na linguagem de programação R para os Programas de Pós-graduação em Ciência Florestal, em Botânica e em Zoologia da UNESP-Botucatu. Parecerista das revistas Restoration Ecology, Plos One, Acta Botanica Brasilica e Journal of Agricultural Economics and Rural Development. Coordenador do Laboratório de Restauração e Silvicultura Tropical - RESTROP, Membro da Sociedade Brasileira de Restauração Ecológica - SOBRE; Membro da Society for Ecological Restoration SER; Membro da Sociedade Botânica de São Paulo - SBSP

Deivid Lopes Machado, Universidade Federal de Jataí - UFJ

Graduado em Engenharia Florestal pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) e Mestre em Ciências Ambientais e Florestais pela mesma instituição. Fez doutorado e pós-doutorado em Ciência Florestal na Universidade Estadual Paulista, Júlio de Mesquita Filho (UNESP/Botucatu), com período de estágio na Universidade de Wageningen (Holanda). É professor da Universidade Federal de Jataí, no curso de graduação em Engenharia Florestal e nos cursos de pós-graduação em Agronomia e Biodiversidade. Desenvolve atividades de pesquisa e extensão, principalmente, com Ecologia de Comunidades e de Ecossistemas, e com Ecologia Aplicada à conservação e restauração ecológica.

Arquivos adicionais

Publicado

2025-08-22

Como Citar

SILVA DE FREITAS, Micael; GUIMARÃES GUILHERME, Frederico Augusto; SOTTO PODADERA, Diego; LOPES MACHADO, Deivid. CERRADÃO E FLORESTAS ESTACIONAIS NO CERRADO GOIANO: PADRÕES FLORÍSTICOS E SIMILARIDADE DE ESPÉCIES. Geoambiente On-line, Goiânia, n. 52, 2025. Disponível em: https://revistas.ufj.edu.br/geoambiente/article/view/77021. Acesso em: 10 out. 2025.

Edição

Seção

Artigos