O PROTAGONISMO JUVENIL EM MOVIMENTOS SOCIAIS BRASILEIROS E O PAPEL DA GEOGRAFIA ESCOLAR
DOI :
https://doi.org/10.5216/rir.v14i2.51480Résumé
O Brasil, nos últimos anos, vivenciou tempos históricos, marcados pelos expressivos movimentos sociais protagonizados majoritariamente por jovens, dentre os quais muitos estudantes. Neste sentido, o propósito deste trabalho é empreender algumas reflexões acerca do protagonismo juvenil nas lutas sociais brasileiras e do papel da Geografia Escolar neste contexto, de modo a destacar a sua importância e imprescindibilidade enquanto ferramenta intelectual no processo de formação crítica e cidadã do indivíduo. Como metodologia, utilizou-se da apreciação discursiva de literaturas que versam sobre os movimentos sociais ocorridos no país entre os anos 2013 e 2016, bem como sobre o sentido de se ensinar e aprender Geografia, ambos ancorados em pressupostos teóricos críticos. A partir desta reflexão teórica e da análise do contexto de revelações provenientes das lutas juvenis, o trabalho propõe o desenvolvimento de uma educação geográfica na e para a cidadania, processada pelos aportes teórico-metodológicos das pedagogias críticas, a exemplo da Pedagogia Histórico-Crítica, cujo olhar se direciona à compreensão e transformação das realidades sociais, contraditórias e espacialmente desiguais.Téléchargements
Références
BATISTA, Eraldo Leme; LIMA, Marcos Roberto. A pedagogia histórico-crítica como teoria pedagógica transformadora – da consciência filosófica à prática revolucionária. In: MARSIGLIA, Ana Carolina Galvão; BATISTA, Eraldo Leme. Pedagogia histórico-crítica: desafios e perspectivas para uma educação transformadora. Campinas, São Paulo: Autores Associados, 2012.
BRASIL. Projeto de Lei n.º 867, de 2015. Disponível em: http://www.camara.gov.br/sileg/integras/1317168.pdf. Acesso em 11 dez. 2016.
CALLAI, Helena Copetti. A formação do profissional da geografia: o professor. Injuí: Ed. Unijuí, 2013.
CASTELLAR, Sônia; VILHENA, Jerusa. Ensino de Geografia. São Paulo: Cengage Learning, 2011. Coleção Ideias em ação/ Coordenadora Anna Maria Pessoa de Carvalho.
CAVALCANTI, Lana de Souza. O ensino de Geografia na escola. Campinas, São Paulo: Papirus, 2012.
CAVALCANTI, Lana de Souza; VANILTON, Camilo de Souza. A formação do professor de Geografia para atuar na educação cidadã. In: XII Colóquio Internacional de Geografia. Barcelona, 2014.
GOHN, Maria da Glória. Sociologia dos movimentos sociais. 2ª ed. São Paulo: Cortez, 2014.
______. Manifestações e protestos no Brasil: correntes e contracorrentes na atualidade. São Paulo: Cortez, 2017.
HARTSHORNE, Richard. The Nature of Geography. Annals of Association of American Geographers, Lancaster, Pennsylvania, v. 29, n. 3-4, 1939.
MOREIRA, Ruy. O que é Geografia. 2. ed. São Paulo: Brasiliense, 2009.
PONTUSCHKA, Nídia Nacib; PAGANELLI, Tomoko Iyda; CACETE, Núria Hanglei Cacete. Para ensinar e aprender Geografia. 3ª ed. São Paulo: Cortez, 2009.
SANTOS, Boaventura de Souza. O caos da desordem. Folha de São Paulo, 16 ago. 2011, caderno Opinião, p. A3.
SANTOS, Milton. O espaço do cidadão. 7. ed. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2014a.
______. A natureza do espaço: Técnica e tempo, Razão e Emoção. 4ª ed. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2014b.
SAVIANI, Demerval. Escola e democracia. Campinas, São Paulo: Autores associados. 2008.
SILVA, Alcinéia de Souza. Juventudes e movimento de ocupação das escolas: caminhos e desafios para o ensino de Geografia. Dissertação de Mestrado. Departamento de Geografia. Universidade de Brasília (UnB), Brasília-DF, 2017. 161p.
VESENTINI, José William (org.). O ensino de Geografia no século XXI. 7ª ed. Campinas, SP: Papirus, 2013.
VLACH, Vânia. Papel do ensino de Geografia na compreensão de problemas do mundo atual. Scripta Nova - Revista electrónica de Geografía y ciencias sociales. Barcelona, vol. XI, núm. 245 (63), 1 de ago. 2007.
WALLERSTEIN, Immanuel. A esquerda mundial após 2011. In: HARVEY, David [et al.]. Occupy: movimentos de protestos que tomaram as ruas. São Paulo: Boitempo: Carta maior, 2012.
Téléchargements
Publié-e
Comment citer
Numéro
Rubrique
Licence
Os artigos encaminhados para publição na revista ITINERARIUS REFLECTIONIS deverão ser originais e não publicados ou propostos para tal fim em outra revista. Aceitam-se artigos escritos em Português, Espanhol e Inglês. A revista ITINERARIUS REFLECTIONIS se reserva o direito de efetuar, nos originais, alterações de ordem normativa, ortográfica e gramatical, com vistas a manter o padrão culto da língua, respeitando, porém, o estilo dos autores. As provas finais não serão enviadas aos autores. Texto sobre Copyright do conteúdo da Revista.