Materialidade e trabalho docente: uma análise dialética entre a formação continuada e o adoecimento
DOI :
https://doi.org/10.69843/rir.v21i2.77054Mots-clés :
Trabalho docente, Formação Continuada, Adoecimento, EducaçãoRésumé
O presente texto de revisão teórica analisa as condições de trabalho docente a partir do materialismo histórico-dialético, desvelando as contradições estruturais que atravessam a formação continuada e colaboram para o adoecimento dos professores. A investigação problematiza como a lógica neoliberal e a mercantilização da educação degradam o trabalho docente, intensificando sua precarização e alienação. A análise crítica a fragmentação e o caráter instrumental das políticas de formação, apontando seu papel na reprodução das dinâmicas de exploração e subordinação. Defende-se a necessidade de resgatar o potencial emancipador do trabalho docente por meio de uma formação continuada que priorize a epistemologia da práxis e a autonomia pedagógica. O estudo reforça a urgência de políticas públicas comprometidas com a superação das condições de exploração, a valorização da saúde dos trabalhadores da educação e a centralidade da educação na transformação social. Por fim, oferece reflexões e propostas contra-hegemônicas que buscam romper com as limitações impostas pelo modelo hegemônico, reafirmando o papel revolucionário do trabalho docente no enfrentamento das desigualdades sociais.
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